E quando,
num susto, percebemos que a vida é efêmera, mudamos nossos valores. Refletimos
sobre as nossas atitudes...
Se soubéssemos que não teríamos mais tempo,
seríamos mais tolerantes, mais pacientes, amaríamos sem reservas. Não
deixaríamos as palavras presas na garganta.
A vaidade, a beleza que pode ser
vista, a arrogância... Evaporam, deixam de existir... E de que valeu
importar-se com tudo isso e se não deixarmos saudade, se não deixarmos um pouco
do que somos às pessoas que passam pelo nosso caminho?
O amanhã
não nos pertence, então que o nosso hoje possa ser digno de ser relembrado por
alguém; que deixemos saudade do nosso caráter, da nossa integridade, das nossas
boas ações, pois são essas coisas que ficam, as outras que nos envergonham devem
ser enterradas quando o coração ainda pulsa, para que tire dele as correntes
que tornam a vida pesada, para que o seu ritmo seja leve, mas cheio de intensidade
para viver o tempo que ainda temos.
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