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Existem pessoas que possuem,
durante um período da vida, “o poder do controle” e talvez por estarem sempre no papel de quem serve, quando têm
oportunidade, aproveitam esse minuto de
poder sobre as pessoas.
É assim que pude presenciar hoje
aquela cancela fechando o nosso caminho, quando havia apenas um carro para passar
para o outro lado e ainda ouvia-se bem de longe o apito do trem avisando a sua
passagem...
De repente, passou por nós um
caminhão a toda velocidade, jogando-se para a esquerda e para a direita
driblando aquela cancela que não fechava
os dois lados.
Então, pensei que aquele homem
até poderia, naquele momento, ter o poder de autorizar quem poderia passar, mas
um poder cancelado em si mesmo, pois um dos veículos aproveitou um espaço
aberto e não pensou duas vezes para atravessar a linha, e nós resolvemos retornar e fazer outro caminho, mais longo,
mas não tão demorado quanto seria esperar naquele lugar.
O poder das atitudes está em
deixar o caminho aberto enquanto exista segurança, pois quando escutamos o
sinal de alerta, obedecer já é consequência, respeitar é valorizar quem nos
alerta e quem tem o poder da cancela deve ouvir e enxergar qual o melhor momento
para abrir e fechar o caminho que nos ajuda a chegar do outro lado.
A cancela tem o poder de reter ou
liberar, mas quando existem outros caminhos, outras opções, não nos importamos
em sair daquele lugar e esperar um pouco mais para chegar ao destino.
Será que é assim que devemos viver?
Observando qual o melhor caminho, sem medo de retornar quando a vida nos para?
Retornar não significa
retroceder, podemos fazer novas escolhas que nos levarão para o outro lado, sem ter de parar e esperar a vida
passar.
Nesse novo caminho, mais longo,
teremos mais tempo para observar cada paisagem, cada oportunidade para diálogos
abertos, ver o movimento, repensar sobre a direção que damos para a nossa vida,
lembrando que com cancela ou sem cancela, do outro lado sempre encontraremos
algo de bom, pois a vida cristã faz isso conosco, nos dá o poder de ir e vir, sem
medo.
Texto de Maria Cristina Lima
Respeite os Direitos autorais
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