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Ainda posso sentir a sua forte presença
No amanhecer, quando os pássaros cantam...
Quando as folhas das árvores balançam
Ou as flores se abrem coloridas para a vida.
Ainda posso sentir a sua presença no vento
Que passa ligeiro e bagunça o meu cabelo,
Lembro-me das suas histórias, suas memórias
Que sempre pareciam não ter fim para mim...
Hoje faz dois meses que nos deixou, estava frio,
A madrugada congelava os meus pés e meu coração,
Não quis acreditar, você partiu sem me dizer “adeus’,
Mas eu me despedi, com pedido sincero de perdão...
É difícil olhar as imagens onde aparecemos juntos
E aceitar que você não vai voltar mais; parece mentira,
A impressão que tenho é que vai aparecer de repente,
Que vai contar suas histórias e sorrir como sempre...
As primaveras nos ensinam a conhecer o perfume e a tocar as flores. Temos de parar de ficar o tempo todo só admirando e colorir nossos dedos com o pólen delicado...
Teremos a sensação de termos feito algo errado, mas as flores continuarão existindo, espalhando suas marcas pelo caminho costurado pelo vento e desenhado pelos pássaros.
Não devemos ter medo de falar do que vai no peito, devemos parar de sufocar as palavras com o silêncio, esse silêncio cruel que esconde nosso rosto e impede que as pessoas nos vejam como realmente somos.
Por que tenho medo de ser eu mesma e dizer o que eu penso a quem eu penso todo o tempo?
Olhar já não me basta, tenho de ouvir, ser ouvida, olhar de perto e mostrar que estou com o coração aberto para mudar, como uma flor que se abre e exala um perfume único, permitindo que um pouco do que ela é repouse em cada um que passa...
O tempo nos mostra que os problemas se tornam pequenos, que a dificuldade passa, que as flores se abrem e fecham, mas deixam na terra a sua história, suas memórias que florescerão sempre que a saudade nascer no peito...
Meus pensamentos vêm e vão Em vão... Não há descanso aqui dentro Silencio Calo as palavras tagarelas Teimosas Minhas lágrimas querem sair Engulo-as todas Amargas Procuro uma palavra para mim Não encontro Nem mesmo um ombro amigo Para me encostar Meu peito dói, a respiração pesa Meu Deus, preciso de socorro Sou fraca Não está em minhas mãos... Estão atadas Penso tanto, tanto que me canso Morro por dentro A vida continua, não escuta Meu lamento Sei que tudo passa nesta vida Vai passar Mas então não serei a mesma Tudo passa Minha juventude, meus desejos E agora o que eu sinto é medo De te ver partir Meus pensamentos vêm e vão Em vão...
Chris Amag
Inspiração do poema Meu pai está muito doente... E é muito difícil ver tudo isso, sem uma solução rápida... Coloque-o nas suas orações, amigos...
Quando eu era criança, meu pai tinha um sítio,
Eu gostava de ficar lá, horas, à beira de um rio,
Esperando algum peixinho me puxar pela mão,
Mas me distraía com libélulas coloridas exibidas Que desfilavam suas roupas incrivelmente coloridas...
Naquele sítio, via meu pai plantar galhinhos e sementes
Que viraram árvores gigantes, carregadas de frutas, Árvores que ganharam tinta branca nas pernas curtas
E alguns saquinhos misteriosos amarrados nos galhos.
Lá, eu corria, abusava das minhas cordas vocais,
Me escondia, balançava e ficava toda suada,
Isso até chegar o momento de irmos embora E deixar aquele lugar mágico para trás...
Só mais tarde, já adolescente, é que me contaram:
Aquele sítio não era do papai, ele só cuidava dele,
Foi então que percebi que perdi algo que não tive, Mas a minha infância ainda naquele lugar vive...
Hoje, meu pai conseguiu seu pedaço de terra
E mesmo sem forças para cuidar dele, como antes,
ainda planta sementes e espera pacientemente
para nos mostrar, sorrindo, as flores se abrindo.
Agora, ele precisa de ajuda para aparar a grama,
Embora seja teimoso e tente fazer tudo sozinho... Mas para quê, pai? Aprecie o que conquistou!
Troque o trabalho duro pelos churrascos
Perto da sua família, dos seus filhos e netos,
Perto das árvores que plantou e viu crescer
Vendo as crianças balançando nelas
E o melhor: todos reunidos nos bancos Que o senhor mesmo construiu lá no gramado!
Recebi da minha irmã "Du" essa crônica belíssima em vídeo. Ela nos faz refletir sobre o nosso relacionamento com os nossos filhos. Não deixe de assistir até o final, pois você ainda tem chance de dar um outro rumo para a sua história.
Confesso que deixei escapar algumas lágrimas... Senti um nó na garganta, um aperto no peito e dei um abraço apertado no meu filho dizendo que o amo muiiito!
Se você ainda não tem filhos, aprecie o vídeo, e saiba como os seus pais se sentem em relação a você.
Deixem um comentário sobre o que sentiram.
Um grande beijo!
Chris Amag
Texto escrito para quem quiser copiar:
Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos.
É que as crianças crescem de uma maneira independente, como árvores tagarelas e pássaros estabanados. Crescem sem pedir licença à vida.
Crescem com uma estridência alegre e, às vezes com uma alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente.
Um dia sentam-se perto de você, no terraço, e dizem uma frase com tal maneira que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquele pequeno ser e que você não percebeu?
Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com enfeites e o primeiro uniforme do maternal?
A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você agora está ali, na porta da boate, esperando que ela não apenas cresça, mas que apareça...
Ali, estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam radiantes, sorrindo, de cabelos longos e soltos. Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão os nossos filhos com uniforme da sua geração.
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas que pareciam intermináveis. E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com os acertos e erros.
Principalmente com os erros que esperamos que não se repitam.
Chega um período em que os pais vão ficando um pouco mais órfãos dos filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das boates e das festas. Não temos mais os uniformes do colégio e aqueles famosos ataques da adolescência passarão a fazer falta... Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô.
Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles, ao anoitecer, para ouvirmos a sua alma respirando. Deveríamos ter acolhido com mais carinho quando corriam à nossa cama, durante a madrugada... Conversas e confidências entre os lençóis da infância e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos, hoje fazem falta.
Não os levamos suficiente ao Playcenter, ao shopping; não lhes demos suficientes hambúrgueres e refrigerantes, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio, iam à casa de praia entre embrulhos, biscoitos, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amigos de infância.
Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes, as cantorias sem fim e a insistente pergunta: “Pai, ainda falta muito?”
Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudade daquelas verdadeiras "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito para que eles acertem nas escolhas em busca da felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível. O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso, os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho.
Olhamos para a porta de nossas casas e lembramos quando eles chegavam da escola esbaforidos, com o uniforme todo sujo e sempre morrendo de fome. Hoje, eles entram carregando a chave do carro, trazendo junto tudo o que passaram durante a semana e que agora vão dividir com os seus pais.
É... Chego à conclusão de que eu não tenho mais como segurar aquela criança no meu colo... Tê-la nos meus braços como se fizesse parte do meu corpo, hoje é apenas um sonho... Suas asas já estão muito grandes e a vontade deles de voar é ainda maior.
Por isso, é sempre necessário fazer alguma coisa, antes que eles cresçam.
Para ela entrega todo o seu tempo,
Ah! Se ela pudesse protegê-la sempre,
Mesmo quando não está por perto...
Ela é assim, fala pouco, ama demais,
faceira, uma pessoa com muita iniciativa
E sempre procura, além de tudo que faz,
Envolver-se com Arte e Fotografia!
Mesmo com a falta de tempo, ainda tenta,
Buscar na natureza um passatempo,
Capturar nas imagens que inventa
A criação de Deus, em todos os momentos.
Assim, se quiser conhecê-la mais de perto,
Sem ouvir da sua boca palavras soltas,
Deve apreciar as fotos que tira...
Lá está o seu retrato: uma pessoa linda!
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km, dentro de uma floresta nativa, de rigorosa preservação. Evidentemente
não...
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Um pobre...
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*Lembremo-nos, o maior empecilho para que possamos viver uma vida abundante
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