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Pois saiba que isso é normal e o domínio só vem com muita
prática. Eu, por exemplo, quando criança, treinava ler e voz alta em frente ao
espelho, tinha medo de ser chamada para fazer leitura de textos nas aulas de
Português e passar “o maior mico”.
Muitos anos se passaram, mas ainda hoje tenho de praticar e
ensaiar muito antes de enfrentar uma plateia, mesmo que minha carreira acadêmica
tenha sido na área da educação e eu tenha feito isso muitas vezes.
Ainda que a Arte da Retórica faça parte do meu conhecimento,
somente poderei me apropriar dessa arte se me arriscar muitas vezes, antes de
finalmente receber uma crítica positiva.
Sabemos que Arte da Retórica nos manda trabalhar a
importância das palavras, a agir com naturalidade, ser breve e claro, saber
manusear emoções e sentimentos, o correto manejo da voz, a nossa imagem,
observar a reação das pessoas e o domínio do assunto, além daquela dica de escolher
três pontos na plateia: três pessoas que servirão de termômetro como estratégia
para manter o interesse do público.
Bom, mas e quando o público não é bem uma plateia de pessoas?
Qual é o seu objetivo? É convencer alguém? Persuadir alguém?
Ou o seu objetivo maior é ser um instrumento nas mãos de Deus?
Entendeu aonde quero chegar?
As palavras bem escolhidas perdem-se na memória das emoções. A
naturalidade esconde-se dentro de olhos curiosos, bem conhecidos de nós, e isso
nos inibe. A brevidade do assunto, às vezes, atrapalha-se em horários
pré-estabelecidos. As emoções e sentimentos transformam-se em “medo de errar”.
Ver a reação das pessoas é algo que é bom, pois nos ajuda a mudar de direção,
mas ao mesmo tempo nos faz perder o raciocínio inicial. Olhar para três pontos
pode nos ajudar quando escolhemos nossos melhores amigos, que sempre farão uma “carinha
boa” para nos incentivar.
Não, eu não me esqueci da voz, pois ela é a vilã das
apresentações em público, ela nos escapa, corre, foge e esconde-se dentro da
garganta, ela treme de medo, repete palavras, sílabas, e estende as vogais de
tal forma que quase vira uma música, fora os vícios da linguagem, “né?”
Então, quando penso que não estou pronta, faltando apenas
alguns minutos para me colocar diante de vários olhares críticos, fecho os meus
olhos e em oração peço a Deus que conduza as minhas palavras, porque nada sou
sem Ele, é Ele que me guia, que me dá sabedoria, a retórica não pode ser maior
que o propósito, o meu amor pelo Ministério me leva a seguir em frente e a
enfrentar o meu medo, a minha timidez e a acreditar que é apenas o começo, o
primeiro degrau, e a prática me levará a excelência, então, quero praticar
muito, assim estarei diariamente na presença de Deus.
Pense nisso e coloque em prática!
Reflexão de Maria Cristina Lima
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