Antes de ler este poema, imagine a chuva chegando e depois aumentando. Os pingos da chuva são representados pelos versos. No início, o poema começa com um verso, depois dois... e assim sucessivamente, simbolizando a chuva aumentando. Depois os versos vão diminuindo, como a chuva que começa a cessar e, no último verso, apenas uma palavra, um pingo, e a chuva para.
Foto: Mariah
Chuva,
Chuva,
Chuva inesperada
Chega na madrugada
Bate na minha janela e me acorda.
Um susto súbito, um sono que escapa, um bocejo.
O ritmo da dança na minha janela é constante,
Pingos que escorrem e depois se encolhem,
Pingos que brincam de pular do alto,
Depois descem enfileirados,
Param no parapeito,
Ficam sem jeito
E vão embora
Agrupados,
Embalando
Meu sono,
Durmo.
Chris Amag
30.09.09