foto Mariah
As árvores choram quando sentem a morte.
Suas folhas escorrem pelo tronco que treme.
Desorientados, coitados, perdem o seu norte.
Ninguém entende, olhos perplexos, um vazio,
No lugar do verde: um tapete de cimento frio.
Um lugar sem alma, um coração arrancado,
Apenas mais espaço para aglomerar pessoas.
Temo que a chuva se afogue em sua tristeza
Por não ter onde enxugar as suas águas.
A terra não mais será o seu conforto,
Pois estará coberta por um gélido concreto.
E tudo que vejo, quando observo a triste paisagem,
É um monstro feroz arrancando nos dentes a anfitriã,
Uma árvore frondosa que nos recebia todas as manhãs...
Um pedaço de mim foi com ela, nesta primavera.
Chris Amag
01-10-09
21h18
Poema sobre o acontecimento de hoje