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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A nostalgia do Natal




Ah, como eu gosto de capuccino, às vezes vou ao shopping só para saborear um... Sim, eu tenho preferência, não se trata de propaganda, mas aquele do “Café do Ponto” é o melhor...

Eu estava na fila do caixa para pagar um capuccino “grande”, quando esbarrei em uma pequena árvore de natal que estava no balcão. Ela caiu no chão, separou-se em algumas partes, mas as bolas coloridas permaneceram intactas.

Neste instante, meus pensamentos perderam-se nas lembranças, na minha infância. Lembro-me do meu medo e cuidado para não derrubar aquelas bolas coloridas, pois elas quebravam e suas pontas espetavam os nossos dedos...

Era um medo gostoso, pois ali estava a família reunida, mexendo nos enfeites do natal passado e procurando os que ainda podiam ser aproveitados. Era uma surpresa atrás da outra, como, por exemplo, os cartões de natal que pendurávamos nas árvores, com mensagens de amigos e familiares.

Hoje, compramos tudo pronto: os enfeites das portas, as árvores montadas e até mesmo embrulhos que imitam presentes embaixo da árvore de natal... Isso me causou tristeza... A família também está assim,“artificial”, parece enfeite que olhamos na vitrine, lindo, colorido, mas “sem vida”, “sem amor”, “sem união”...

Mas ainda podemos ver algumas famílias reunidas em volta da árvore que, aos poucos, vai ganhando vida, cor, enfeites e sempre tem alguém brigando para ver quem vai colocar a estrela.

[...]

De repente, os meus pensamentos foram interrompidos pela atendente:
“Não se preocupe, não quebrou...”

Mal sabia ela, que eu queria que tivesse quebrado, abaixado para juntar os cacos, tentado arrumar, providenciado outros enfeites, feito alguma coisa... Mas, num piscar de olhos, lá estava a árvore, igual, pronta para ser derrubada por outra cliente desatenta.

O Capuccino? Saboreei bem devagar, observando a árvore gigante que colocaram lá no shopping e o movimento em sua volta: pais tirando fotos com os filhos...

Árvores digitalizadas para colocar no Facebook..

(Crônica de Maria Cristina Gama) - 12/12/2009
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