quarta-feira, 20 de junho de 2012

Nossa canção


Imagem: aquelamusicadaquelacena.blogspot.com 

Minha boca está seca, mas não desejo água...
Quero muito mais que molhar os meus lábios,
A minha sede entra pelos meus olhos e ouvidos
E cai direto dentro do coração como uma canção.

É disso que tenho sede, sede de ouvir nossa música,
A nossa música como uma serenata na noite calada,
Quando minha voz se unia a sua: deliciosa harmonia,
E não pensávamos em mais nada - era nossa a madrugada.

Agora, as madrugadas morrem na noite, não nascem.
As noites vestem seus pijamas e se escondem no sono,
E as canções se aprisionam nas memórias do outono.

Então, com a garganta seca, colam também os lábios meus...
E amanhece o dia, a noite tira o sol da cama e ele nem reclama,
Não quer incomodar a madrugada, que pegou no sono de tão cansada.

Chris Amag
19-06-2012
23h21


6 comentários:

  1. Uma ternura este poema! Bjs

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  2. Lindo demais, Cris. Só que igualmente tristinho. Lindos sempre são seus poemas. Beijos. Saudades.

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  3. Bonito e como diz a Célia, ternurento
    poema!

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  4. Nossa Chris, que lindo!
    Beijos e um abençoado final de semana.

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  5. Anônimo04 julho

    Vejo que a poeta sabe tecer
    a trama
    com um lirismo envolvente
    conhece formas poemáticas
    e faz um poema com um bom conteúdo lirico
    mas senti a força do seu poema
    na dramaticidade dos personagens
    envolvidos
    tornando um poema mui belo
    com a vantagem
    que os seus poemas tem um certa
    forma definida
    é o que luto com os meus poemas
    sou meio perdido nas formas.

    poema mui belo

    Luiz Alfredo - poeta

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