terça-feira, 29 de setembro de 2009

Poema concreto - CHUVA

Antes de ler este poema, imagine a chuva chegando e depois aumentando. Os pingos da chuva são representados pelos versos. No início, o poema começa com um verso, depois dois... e assim sucessivamente, simbolizando a chuva aumentando. Depois os versos vão diminuindo, como a chuva que começa a cessar e, no último verso, apenas uma palavra, um pingo, e a chuva para.



 Foto: Mariah 
















Chuva,

Chuva inesperada

Chega na madrugada

Bate na minha janela e me acorda.

Um susto súbito, um sono que escapa, um bocejo.

O ritmo da dança na minha janela é constante,

Pingos que escorrem e depois se encolhem,

Pingos que brincam de pular do alto,

Depois descem enfileirados,

Param no parapeito,

Ficam sem jeito

E vão embora

Agrupados,

Embalando

Meu sono,

Durmo.
 
 
 
Chris Amag
30.09.09

4 comentários:

  1. Mariana Gimenes30 setembro

    ARRAZOU! amei demais...

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  2. Obrigada pela visita Mariana!

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  3. Anônimo01 outubro

    Linda.... simplesmente linda!

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  4. Maria, Maze, Zeze...05 outubro

    Ao ler, senti no poema as gotas da chuva, assim como a melodia.
    Adoro dormir ouvindo ela.

    Beijos e sucessos!

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